Abriram hoje ao público as exposições “Objetos com História: uma viagem ao tempo de D. Sebastião”, no Museu Municipal e “D. Sebastião revisitado”, no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Esposende. As mostras revelam outras facetas d’ “O Desejado” e inserem-se nas diversas iniciativas que o Município de Esposende programou para assinalar os 450 anos do concelho.

“Estas são duas excelentes exposições que nos dão a oportunidade de conhecer melhor o rei que atribuiu a Carta Régia a Esposende, nomeadamente as suas facetas menos conhecidas de todos, entre as quais se destacam decisões políticas importantes para o país”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira.

O 16.º rei de Portugal, conhecido pelo cognome de “o Desejado” marcou profundamente a História de Portugal, estando associado ao exercício da sua regência a do concelho de Esposende.

“Na celebração dos 450 anos do Concelho de Esposende queremos, além de enaltecer a deferência que o nosso território mereceu para acolher a Carta Régia que lhe conferiu a independência, a importância de D. Sebastião na História de Portugal”, destacou Benjamim Pereira.

Além da reorganização militar e administrativa que operou no país, D. Sebastião deixou um legado que transitou até aos nossos dias, mercê da introdução de ideias à data inovadoras e alvo de resistência, mas que viriam a revelar-se marcos na História do País.

A exposição agora inaugurada no Museu Municipal mostra a importância da Medalha e da Moeda, enquanto objetos de significado mais abrangente, para além do aspeto comercial. O forte cunho cultural e artístico fica vincado, enquanto objetos de comunicação que se preservam no tempo. “Podemos observar objetos fundamentais da sua governança, como os pesos e as medidas”, destacou o comissário técnico da exposição, João Neiva.

Na exposição estão representadas “todas as moedas cunhadas com a esfinge de D. Sebastião, a primeira das quais em 1570”, destacou o comissário das comemorações dos 450 anos do concelho de Esposende, Penteado Neiva, adiantando que D. Sebastião “padronizou as medidas para sólidos e líquidos”, devidamente explicados na exposição.

Já a exposição de pintura “D. Sebastião Revisitado”, permite descobrir novas interpretações de D. Sebastião, desta vez pela pintura de Sam Abercromby.

Este australiano radicado em Portugal pintou 190 quadros, tendo D. Sebastião como inspirador. Na exposição de Esposende estão patentes 21, onde o artista analisa “o quotidiano de D. Sebastião, representando, por exemplo, a visita que fez ao túmulo do pai, antes de partir para a guerra”, questiona o autor. Mais de quatro séculos após a morte de D. Sebastião, Sam Abercromby leva-nos a uma viagem surrealista cheia de simbolismo e expressão.

D. Sebastião foi dos reis portugueses mais retratados ao longo da nossa história, por ter sido tão desejado antes de nascer e pela forma como desapareceu e aqui podemos apreciar a leitura de um artista australiano que se apaixonou por Portugal e descobriu em D. Sebastião o mote para uma série de pinturas.

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