E aí vão duas vitórias para o norte americano da Wildlife Generation. Scott McGill chegou à Maia e cumpriu o objetivo a que se tinha proposto, logo após a primeira vitória em Elvas: ganhar duas etapas em Portugal. No final da sexta etapa, esta quinta-feira, bisou numa nova discussão ao sprint igualando João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) como ciclista mais ganhador.
O português desta vez teve de se contentar com o segundo lugar ficando a luta pela Camisola Verde Rubis Gás ao rubro com vantagem para McGiill que recuperou a liderança
por Pontos. “A equipa foi fantástica. Pegámos aos 40 quilómetros e não podia pedir mais aos meus companheiros. Nunca tive dúvidas. Estava confiante de que podia ganhar. Está
a ser uma boa batalha entre os dois nestas etapas com final ao sprint. Amanhã (esta sexta-feira) será um pouco difícil. Veremos”, realçou o vencedor, referindo-se à luta com João Matias. O português, por seu lado, promete não desistir de tentar recuperar o primeiro lugar da classificação por Pontos.
Neste dia em que a luta pela Camisola Amarela Continente fez uma “pausa”, foi a vez de as equipas dos sprinters reassumirem o protagonismo. O final foi frenético, pois Robin Carpenter (Human Powered Health) e Txomin Juaristi (Euskaltel-Euskadi) deram muito trabalho nos últimos cinco quilómetros, já depois de a fuga ter sido alcançada.
A dupla tentou a sorte e foi preciso o trabalho conjunto da Wildlife Generation, Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados, Caja Rural-Seguros RGA e ainda Glassdrive-Q8-Anicolor
para apanhar os dois corredores, já com a meta à vista, num final em circuito, que terminou em ligeira subida e perante uma multidão que se acotovelou ao longo dos 300 metros de reta inclinada.

Muito Público na Estrada

Esta foi, até ao momento, a etapa que teve mais público ao longo de todo o percurso, a começar, desde logo, na “Capital da Bicicleta”. Com partida em Águeda e 159,9 quilómetros até à Maia, a tirada atravessou muitas zonas onde o ciclismo é rei como Santa Maria da Feira, Gondomar e Oliveira de Azeméis.
O início foi rápido, motivado por diversas tentativas de fuga. Só depois de ultrapassados os primeiros 60 quilómetros se formou um grupo de oito elementos que ficaram na frente da corrida até ao município da Maia. Durante vários quilómetros, a fuga deu a entender que poderia sobreviver até ao fim e discutir entre si a vitória, mas verdadeiramente a vantagem nunca foi além dos três minutos.
O final da etapa acabou por ser o esperado com uma chegada em bloco sem cortes de tempo para os primeiros da geral. A Camisola Amarela Continente continua com Frederico Figueiredo (Glassdrive-Q8-Anicolor) que tem sete segundos de vantagem sobre o companheiro Mauricio Moreira, que é também o líder da montanha e da Camisola das Bolinhas Europcar. O uruguaio é também primeiro no Prémio Combinado Carclasse, um somatório da classificação Geral, por Pontos e Montanha. O espanhol da Caja RuralSeguros RGA Jokin Murguialday mantém a Camisola Branca Jogos Santa Casa, símbolo da juventude. A Glassdrive-Q8-Anicolor lidera coletivamente.

Chegada ao Minho no Dia mais Curto da Volta

Com o fim de semana à porta, a competição vai chegar a território minhoto. A sétima etapa vai começar na Praça 25 de Abril, em Santo Tirso. Recebe o início da sétima etapa (13h30) e terá 150,1 quilómetros até à Avenida da Liberdade, em Braga. Perspetivase uma sexta-feira de competição relativamente plana até ao momento em que surgir a subida ao Sameiro (141,6 quilómetros). Trata-se de uma contagem de segunda categoria já perto da meta. Fica a questão se é desta que uma fuga será livre de triunfar? A chegada está prevista para cerca das 17h30. Antes, haverá uma Montanha em Vila Franca (70,9), freguesia de Viana do Castelo, e três Metas Volantes: Póvoa do Varzim (28), Esposende (46,6) e Ponte de Lima (98,5).

Apoio:

Comentários Facebook

Comentar